Vista Coimbra a partir da Universidade |
No anterior post falamos da primeira parte da nossa visita à Universidade de Coimbra, nomeadamente ao pátio das escolas onde podemos contemplar a vista magnífica sobre a cidade e visitar o antigo paço real que dá hoje lugar a uma das instituições mais antigas e prestigiadas do país.
Após uma curta visita a uma das primeiras faculdades da instituição, a Faculdade de Direito que na altura da mudança da Universidade de Lisboa para Coimbra designava-se por Faculdades de Leis e de Cânones, seguimos a nossa visita até à Capela de S. Miguel. Após a doação de todo o Paço Real em prol da Universidade a capela manteve o privilégio real, sendo apenas alvo de remodelações nos séculos XVII e XVIII onde foi instalado um impressionante revestimento de azulejo nas suas paredes que concede ao pequeno espaço uma dimensão única. A capela foi construída em homenagem ao santo que lhe dá o nome sob invocação de Nossa Senhora da Luz, padroeira de todos os estudantes onde estes celebram missas dominicais e casamento apenas para membros da comunidade universitária.
É impossível não reparar no seu grande órgão barroco com mais de 2.000 tubos e que ainda hoje funciona conferindo uma acústica ímpar no ato de celebração das eucaristias.
Dados Adicionais:
Visita à Universidade de Coimbra:
Circuito turístico clássico no Paço das Escolas, Património Mundial da Humanidade, que inclui a Biblioteca Joanina, a Capela de São Miguel, a Sala dos Capelos, a Sala do Exame Privado e a Prisão Académica.
Preço: 9,00€ (Geral)
Horários: Todos os dias das 09:00h às 19:00h.
Mais informações: 239 242 745 (744)
Preço: 1€ por pessoa
Horários: 10:00h 13:00h e das 14:00h às 18:00h, todos os dias.
NOTA: Por razões de segurança não é permitida a visita a crianças menores de 12 anos. A Torre encontra-se encerrada em dias de chuva.
Dados Adicionais:
Visita ao Museu 6€
Circuito Criptopórtico 3€
Visita com audioguia 7,50€
Casa da Livraria e mais tarde apelidada por Biblioteca Joanina, em homenagem ao seu grande criador o rei D. João V, ao qual podemos ver o seu retrato, ao fundo da terceira sala comunicante, como se tivesse a contemplar uma das suas criações mais esplendidas e exaltadoras da monarquia e riqueza do império. As partes constituintes em madeira e ouro vieram provenientes do Brasil formando um conjunto exótico que contrasta com as esplendorosas pinturas dos tetos que dá ao visitante uma sensação de profundidade que não passa disso mesmo. Considerada uma das mais belas bibliotecas histórias do mundo e um dos expoentes máximos do Barroco Português guarda nas sua estantes, e não só, cerca de 300 mil volumes, muito deles fundos antigos da Biblioteca da Universidade bem como livros impressos nos séc. XV aquando da fundação da imprensa na Europa.
Visitamos um andar intermédio chamado de Piso Nobre onde antigamente era usado como depósito de livros que não se encontravam nas estantes, como não era de contato com os visitantes, esta sala encontra-se desprovida dos mesmo acabamento que as salas de consulta.
A maior curiosidade vem ao sabermos que a biblioteca alberga uma colónia de morcegos que ajudam na cuidada preservação que estes locais estão sujeitos. O leitor deve estar neste momento desconfiado, tal como eu fiquei, até me explicarem que estes mesmo animais noturnos alimentam-se de insetos que poderiam danificar o maior tesouro que este edifício guarda: os livros. Todas as noites as mesas em madeira da biblioteca são cobertas com toalhas de couro para protegerem-nas dos dejetos dos morcegos.
Em suma, inaugurada em 1728 e sendo um edifício mais recente que os demais desta Universidade, faz transparecer um lado mais rico e triunfante da coroa Portuguesa aquando da edificação desta mesma biblioteca, tornando-a num local obrigatório para todos os visitantes à história desta instituição.
Finalmente tivemos ainda a oportunidade de visitar a única prisão medieval existente em Portugal. Tratou-se do reaproveitamento do espaço prisional do antigo Paço Real onde funcionou a Prisão Académica quando em 1773, com a reforma Pombalina, foi transferida para um piso inferior da Biblioteca Joanina. Este cárcere académico era sobretudo utilizado por razões de caracter disciplinar e pretendia-se que professores, alunos e funcionários da instituição estivessem protegidos contra criminosos de delito comum. De referir ainda que em 1834 com a revolução liberal e consequentemente o fim da jurisdição própria da Universidade, marcou o encerramento desta prisão que passou a integrar o arquivo da Biblioteca Joanina.
Visita à Universidade de Coimbra:
Circuito turístico clássico no Paço das Escolas, Património Mundial da Humanidade, que inclui a Biblioteca Joanina, a Capela de São Miguel, a Sala dos Capelos, a Sala do Exame Privado e a Prisão Académica.
Preço: 9,00€ (Geral)
Horários: Todos os dias das 09:00h às 19:00h.
Mais informações: 239 242 745 (744)
Subidas à Torre da Universidade:
A Torre da Universidade está de portas abertas para receber a sua visita. Venha descobrir a melhor vista panorâmica sobre toda a cidade de Coimbra.Preço: 1€ por pessoa
Horários: 10:00h 13:00h e das 14:00h às 18:00h, todos os dias.
NOTA: Por razões de segurança não é permitida a visita a crianças menores de 12 anos. A Torre encontra-se encerrada em dias de chuva.
Fonte: http://www.uc.pt
Deixamos a Universidade e fomos visitar o Museu Nacional Machado de Castro que fica situado no antigo Paço Episcopal de Coimbra e sofreu recentemente obras de remodelação que conferiram um prémio ao arquiteto e projetista do novo espaço Gonçalo Byrne e, sendo assim, quisemos perceber porque é que muitos dos visitantes consideram este o melhor museu da cidade.
O museu desenvolve-se em redor de um pátio central o que o torna bastante árido e acolhedor e conta com um restaurante esplanada com uma vista deslumbrante sobre o rio Mondego, só por esta vista quase que compensa a visita e tornaria o afamado escultor conimbricense Machado de Castro orgulhoso. Falando um pouco do museu, podemos ver algum acervo de escultura portuguesa em madeira como o Cristo Negro de Autor Desconhecido ou então em terracota como a Última Ceia de Hodart, esta última tem o fato engraço de as esculturas estarem à escala real. Vislumbramos também neste piso o claustro da antiga Igreja românica S. João de Almedina que data a finais do séc. XI. Subindo até ao piso superior tivemos a oportunidade de ver alguma arte sacra decorativas como tapetes, relicários, cálices entre pinturas portugueses datadas entre os séculos XV e XVIII.
Finalmente deixamos o melhor para o fim e descemos até aos pisos inferiores do museu para visitarmos o Criptopórtico romano do antigo Forum Emínio (em latin Aeminium). Com os saqueios de Conímbriga pelos Suevos muitos dos seus habitantes fugiram para Emínio que passou a designar-se Coimbra apenas no séc. VI, muitos destes fugitivos passaram pelo criptopórtico de dois andares que os engenheiros romanos na altura projetaram para ultrapassar o declive natural do terreno, criando assim uma plataforma artificial.
Dados Adicionais:
Visita ao Museu 6€
Circuito Criptopórtico 3€
Visita com audioguia 7,50€
Foi então que chegou a nossa hora de almoço e depois seguimos para a Sé Nova e mais tarde para o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra ao qual vos falarei no próximo post antes mesmo de vos contar a mais afamada estória de amor que a cidade de Coimbra já viveu. Fiquem atentos!!
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