Escuta Penedo,
Ouve baixinho,
Não tenhas medo
Não estás sozinho
E quando do além
Te mirarmos
Não chores por nós,
Que não estás abandonado!
Acena-nos, diz-nos adeus
Que havemos de a ti voltar
Mas sempre para celebrar!
Voltaremos para te contar
Que o poeta nos ensinou
Que o sonho comanda a vida
Permanece… Não findou!…
E a ti diremos, a segredar,
Que tens toda a razão:
Saudade rima com idade
E amor com coração!
Escuta Penedo,
Ouve baixinho,
Não tenhas medo
Não ficas sozinho!…
DE TODOS NÓS
F.A.C.Veloso
Coimbra, Maio de 2008
Reza a história que era neste local, anteriormente designado por Pedra dos Ventos, que D. Pedro chorava o seu infortúnio pela perda de sua amada D. Inês de Castro que fora brutalmente assassinada nos jardins da lágrimas (ver post intitulado “Amores de Coimbra”). O mesmo pedaço de rocha mereceu a construção de um parque em 1849 onde serviu de local de eventos académicas, reuniões de curso entre outras atividades estudantis que ficaram imortalizados em lápides com belíssimos poemas dedicados à cidade de Coimbra e à vida académica que tanta nostalgia ainda hoje é sentida pelos estudantes. O poema mais antigo data de 1855.
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Lápides comemorativas do Penedo da Saudade |
Não só pela bela paisagem sob o rio este local é mágico, aqui sentimos um pouquinho do orgulho academista que encheu e ainda enche os estudantes desta instituição, orgulho esse que se transforma em saudade no tão previsível dia da “partida” de cada um.
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"Oh! Penedo dos Amores" - José Medeiros |